O circuito de atletismo Grand Slam Track recorreu ao Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, mecanismo que permite a reestruturação financeira das empresas, numa tentativa de garantir a sua sobrevivência. Apesar do cenário adverso, o seu criador, Michael Johnson, garante que não tenciona abandonar o projeto.
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Em comunicado, a organização explica que a decisão visa “estabilizar as finanças, implementar um modelo mais eficiente e colocar-se numa posição de alcançar sucesso a longo prazo”. Ainda assim, de acordo com o pedido de insolvência, a empresa tem dívidas superiores a 10 milhões de dólares (cerca de 8,5 milhões de euros), sobretudo a atletas e fornecedores.
Antiga estrela do atletismo mundial e quatro vezes campeão olímpico, Johnson “recusa-se a desistir”, sublinha a nota divulgada pela organização, reforçando a intenção de dar continuidade a uma ideia que foi apresentada como inovadora para a modalidade.
Lançado com grande destaque em 2024, o Grand Slam Track prometia “revolucionar o atletismo”, apostando num formato exclusivamente dedicado a corridas, com atletas sob contrato e prémios monetários de valores inéditos no principal desporto olímpico.
A realidade acabou por ser mais dura. Após etapas realizadas em Kingston, em abril, Miami, no início de maio, e Filadélfia, no final desse mês — já numa versão reduzida —, o circuito cancelou por razões “económicas” a última prova prevista para Los Angeles, no final de junho.
Apesar de ter conseguido atrair algumas estrelas da pista, como as norte-americanas Sydney McLaughlin-Levrone e Gabby Thomas, ambas múltiplas campeãs olímpicas, o projeto não contou com a adesão de grandes nomes do sprint mundial, como Noah Lyles, Julien Alfred e Sha’Carri Richardson, ausências que também acabaram por pesar na visibilidade e sustentabilidade do circuito.
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