Não é preciso vestir o equipamento, calçar ténis de corrida ou passar o cartão no ginásio para sentir que vivemos em modo atleta. Se pensarmos bem, o nosso dia-a-dia está cheio de pequenos momentos que, sem darmos conta, reproduzem movimentos dignos de um plano de treino completo.

Na verdade, o quotidiano está cheio de treinos camuflados. E se olharmos para eles com sentido de humor, percebemos que todos nós somos, de certa forma, atletas amadores em competição constante contra o tempo, o trânsito ou as tarefas domésticas.

O aquecimento matinal

Levantar-se da cama às 7h da manhã, meio a cambalear, já é um stretching digno de manual. Espreguiçar os braços até conseguir desligar o despertador que insiste em tocar é o equivalente a mobilidade articular de luxo. Só falta o professor de ginástica a dizer: “mais uma repetição!”.

Musculação no supermercado

Quem nunca carregou sacos de compras cheios de garrafões de água até ao carro (ou pior, até ao 3.º andar sem elevador)? Chama-se farmer’s walk no ginásio, mas nós cá chamamos “só mais uma viagem, que os sacos vão rebentar”.

Cardio urbano

Perder o autocarro e sprintar até à paragem é high intensity training na sua forma mais pura. Subir a correr as escadas do metro porque a escada rolante está avariada? Melhor do que qualquer treino de glúteos.

Resistência digital

Passar 15 minutos a segurar o telemóvel no ar para acertar no ângulo perfeito da selfie é isometria para o ombro. E o scroll infinito no Instagram, então, trabalha a resistência do polegar como se fosse um mini-treino especializado.

Alongamentos de sofá

Deitar-se ao fim do dia e tentar alcançar o comando que caiu entre as almofadas é um stretching acrobático digno de yoga avançado. Se ainda se tentar equilibrar uma chávena de chá na outra mão, já é treino de coordenação motora nível olímpico.

Moral da história:

Mesmo sem pisar no ginásio, o dia-a-dia dá-nos exercício suficiente para ficarmos a suar de riso (e, às vezes, de esforço). Afinal, cada um de nós é atleta… nem que seja do quotidiano.