A colaboração consta do Memorando de Intenções para a exploração de "potenciais áreas de colaboração nos domínios da exploração, soluções climáticas baseadas na natureza e na tecnologia, agricultura, sustentabilidade e saúde", detalha a Eni.

"Este memorando tem como objetivo avaliar soluções para promover um crescimento ambientalmente sustentável e apoiar o desenvolvimento das comunidades locais", acrescenta-se na nota.

A Eni revela que o acordo também inclui "a avaliação do potencial de exploração da área 'offshore' do país".

Em contrapartida, a empresa italiana compromete-se a "reforçar os serviços de emergência e de cuidados intensivos", para o que diz ter entregado um primeiro lote de equipamento médico essencial ao Ministério da Saúde guineense, enquanto a sua Fundação Eni está a realizar um estudo para melhorar a saúde materna e infantil no país.

A Eni, que no passado desenvolveu uma estratégia centrada na obtenção de gás russo, tem vindo a promover novas alianças no continente africano desde o início da guerra na Ucrânia.

O primeiro ponto do seu mais recente Plano Industrial defende o reforço da "segurança energética" nacional através da diversificação geográfica e tecnológica, para o que planeia uma série de instalações na Líbia, na cidade árabe de Hail e na ilha de Ghasha, nos Emirados Árabes Unidos.

A empresa italiana pretende também expandir a sua atividade no golfo Pérsico, na Costa do Marfim, no Cazaquistão, em Angola e na zona do Mediterrâneo Oriental.

Em janeiro, o presidente do conselho de administração da Eni, Claudio Descalzi, e o presidente da National Oil Corporation of Libya (NOC), Farhat Bengdara, assinaram em Tripoli um acordo no valor de 8 mil milhões de euros para a exploração e produção de petróleo e gás no país magrebino.

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