
A histórica qualificação para o Championship Tour (CT), principal circuito da Liga Mundial de Surf (WSL) preenche, mais que nunca, o pensamento e os sonhos de Yolanda Hopkins.
A inédita presença de uma surfista portuguesa entre a elite mundial do CT é algo que, entre a aceleração cardíaca e frieza racional, a algarvia arrisca a dizer, embora não o assuma, será uma realidade já esta temporada.
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Está perto de acontecer. Resta saber quando. E para já, o comboio tem duas paragens e duas oportunidades.
A primeira, no EDP Ericeira Pro, em Ribeira d’Ilhas, 4.ª etapa do Challenger Series (CS), circuito de qualificação para Championship Tour (CT2026), onde manhã, dia das finais, Yo-Yo defronta, nos quartos de final, a norte-americana Alyssa Spencer.
A segunda paragem, no Saquarema Pro (11 a 19 de outubro), Rio de Janeiro, quinta etapa, de sete, sendo que o top-7 feminino garante vagas no CT após contabilizados os cinco melhores resultado).
“Para mim, o meu campeonato acaba já em Saquarema (Rio de Janeiro, 11 a 19 de outubro)”, assumiu à Sportinforma na conferência de imprensa antes da prova. “Quero certificar-me já (Ericeira e Saquarema)”, antecipou, para não passar a questão da qualificação para o início de 2026, etapa no Havai (Pipeline), ou Newcastle, Austrália, 9 a 15 de março, acrescentou.
Esta é a meta na cabeça de Yolanda Hopkins, 27 anos, imune ao ruído à sua volta, mas confiante que está mesmo “muito perto” de ser a primeira portuguesa a entrar num circuito, até à data, exclusivo dois surfistas portugueses: Tiago Pires, já retirado, e Frederico Morais, ex-CT a competir no Qualifying Series, circuito regional europeu de qualificação para o CS.”.
A consistência tem sido a chave do (quase) sucesso da vice-campeã mundial ISA e olímpica (Paris2025 e Tóquio2020).
Em quatro etapas, atingiu uma final (segunda classificada em Ballito, África do Sul) e três vezes os quartos, na Austrália, Estados Unidos da América e Portugal.
No último dia da janela do evento português do Challenger Series (CS), onde falta realizar os quartos de final masculinos e duas baterias femininas, adiados hoje por falta de condições de ondulação, meias e final, Hopkins terá pela frente a norte-americana Alyssa Spencer, atual número 10 da hierarquia.
É o primeiro duelo no circuito secundário entre as duas surfistas. Spencer, 22 anos, que esteve no Championship Tour na temporada 2024, já venceu na Ericeira (2023) e atingiu a ronda 16 em duas ocasiões (2021 e 2024).
A portuguesa Yolanda Hopkins tem como melhor registo um 5.º lugar, na época passada. Alcançou ainda dois nonos lugares (2021 e 2022).
Caso ultrapasse a americana, Hopkins terá pelo caminho a vencedora do duelo entre India Robinson (Austrália) Sanoa Dempfle-Olin (Canadá). Na meia-final já está Tya Zebrowski, líder do ranking, que medirá forças com a israelita, Anat Lelior.
Entre as portuguesas com reais aspirações em qualificarem-se para o Circuito Mundial, Francisca Veselko (9.º no Ericeira Pro) ocupa, provisoriamente, a 4.ª posição, dentro da qualificação. Teresa Bonvalot (25.ª em Ribeira d’Ilhas) caiu para oitava, a um degrau da linha que garante as sete vagas para o CT.
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