Falar de Desportos de Inverno é hoje, é uma realidade vibrante, em crescimento e com resultados que orgulham o país. 2025 ficará gravado na nossa história como o ano em que Portugal conquistou o seu primeiro título mundial nos desportos de inverno, com Jéssica Rodrigues a sagrar-se Campeã do Mundo Júnior de Patinagem de Velocidade no Gelo. Um feito que é mais do que uma medalha — é a prova de que o talento português não conhece fronteiras, nem temperaturas.
Mas este foi também o ano em que a Seleção Nacional de Hóquei no Gelo subiu ao pódio da Development Cup, em Andorra, com um honroso 3.º lugar, mostrando que a paixão e o trabalho em equipa podem rivalizar com tradições bem mais antigas. Portugal tem também já garantidas três vagas para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, duas no Esqui Alpino e uma no Esqui de Fundo, com possibilidades de qualificação em aberto nas modalidades de Patinagem de Velocidade no Gelo e Bobsleigh, existindo também uma forte hipótese de estarmos presentes nos Jogos Paralímpicos de Inverno com um atleta de snowboard — uma afirmação clara de que Portugal chegou, e chegou para ficar, à elite dos desportos de inverno.
Nunca o nosso movimento esteve tão vivo. Há mais atletas, mais clubes, mais modalidades e melhores resultados. Esta força coletiva nasce de uma visão: a de construir, com paciência e ambição, um futuro sustentável para o desporto de inverno nacional. Essa visão está consagrada no Plano de Desenvolvimento Desportivo 2025–2030, que define o rumo da FDI-Portugal para os próximos anos.
Um plano assente em cinco pilares essenciais: atração, com o objetivo de trazer mais jovens e mais mulheres para o gelo e a neve; capacitação, para formar técnicos e dirigentes de excelência; competição, para elevar o nível competitivo nacional e internacional; diversificação, para chegar a novas regiões e modalidades; e sustentabilidade, porque o desporto do futuro tem de ser também amigo do planeta.
Mas os resultados que celebramos não se medem apenas em medalhas ou rankings. Medem-se também na inclusão, no impacto social, no sorriso de uma criança que experimenta o a neve e o gelo pela primeira vez. Projetos como o PAIS – Participar, Aprender, Integrar e Socializar, o Ice4All, o Curling@Schools e o Brincar na Neve+ mostram que o desporto é, antes de tudo, uma ferramenta de transformação humana.
2025 foi igualmente o ano em que a FDI-Portugal se modernizou na forma de comunicar. A nossa presença digital é hoje mais forte e criativa, reforçámos o diálogo com o público através do LinkedIn, do TikTok e do podcast Abaixo de Zero, e continuamos a dar voz às histórias inspiradoras dos nossos atletas e treinadores.
E demos, finalmente, um passo decisivo para o futuro: a assinatura, com o Município do Seixal, do contrato de cedência do direito de superfície do terreno para a construção do Pavilhão de Desportos de Inverno. Uma infraestrutura única em Portugal de dimensões olímpicas, que acolherá treinos e competições nacionais e internacionais de hóquei no gelo, curling, patinagem artística e de velocidade (short track). Será a casa de um sonho coletivo e um símbolo de ambição nacional.
Portugal começa agora a colher os frutos de anos de trabalho silencioso, persistente e apaixonado. Os nossos atletas mostraram ao mundo que o frio não nos assusta — inspira-nos.
O futuro dos desportos de inverno portugueses é branco, sim, mas é um branco de esperança.
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