
Num comunicado, o Ministério da Agricultura e Pecuária do país sul-americano lusófono relatou que comunicou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim do vazio sanitário, conforme previsto nos protocolos internacionais.
"O período de vazio sanitário teve início em 22 de maio, logo após a conclusão da desinfeção da granja [exploração] localizada em Montenegro (Rio Grande do Sul), onde foi registado, em 16 de maio, o primeiro e único foco da doença em granja comercial no país", lê-se no comunicado.
"Com o encerramento desse prazo e sem novas ocorrências, o Brasil concluiu todas as ações sanitárias exigidas, recuperando novamente o 'status' de livre da doença", acrescentou.
Este é o primeiro passo antes de solicitar a revogação das restrições impostas por importadores de carne de frango do Brasil.
O país também informou que notificará diretamente os países que impuseram restrições temporárias às exportações brasileiras de produtos avícolas para restabelecer o comércio internacional o mais rapidamente possível.
"Não se comemora uma crise, mas é preciso reconhecer a robustez do nosso sistema sanitário, que respondeu com total transparência e eficiência. Seguimos todos os protocolos, contivemos o foco e agora avançamos com responsabilidade para uma retomada gradativa do comércio exterior, mostrando a força do serviço sanitário brasileiro", afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, no mesmo comunicado.
O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, respondendo por 35% do mercado global.
Em 16 de maio, o país confirmou o registo de um caso de gripe aviária numa propriedade de criação de frangos para fins comerciais numa localidade do Rio Grande do Sul, e anunciou uma série de medidas.
No ano passado, as exportações de carnes de frango (considerando todos os produtos, entre 'in natura' e processados) do país sul-americano totalizaram 5,294 milhões de toneladas, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A mesma associação informou que a China foi o maior destino das exportações brasileiras de frango em 2024, com 562,2 mil toneladas, enquanto a União Europeia foi o sétimo maior, com 231,9 mil toneladas.
CYR // MLL
Lusa/Fim
Comentários