
O FC Porto conquistou a primeira vitória na fase de grupos da Liga Europa ao bater o Estrela Vermelha por 2-1 no Estádio do Dragão. William Gomes adiantou os azuis e brancos de penálti logo aos sete minutos, Kostov empatou ainda na primeira parte e só aos 89 minutos Rodrigo Mora devolveu justiça ao marcador.
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Foi uma noite europeia com todos os condimentos: entrada avassaladora, apatia a meio caminho, sofrimento no segundo tempo e, por fim, uma explosão de alegria arrancada a ferros.
Entrada de rompante e golo madrugador
Francesco Farioli surpreendeu na escolha do onze. Apostou num ataque inédito com Àngel Alarcón, Deniz Gül e William Gomes, deixando no banco os nomes mais habituais. A ideia era dar frescura e imprevisibilidade, e os primeiros minutos confirmaram essa intenção.
Logo aos sete minutos, Deniz Gül arrancou uma grande penalidade após ser derrubado na área. William Gomes assumiu a responsabilidade com frieza: bola para um lado, guarda-redes para o outro. O Dragão explodiu e o relógio marcava 7’. Não se via um golo tão precoce na Liga Europa, no Porto, desde Tiquinho Soares em 2019.
Os dragões, com vantagem no bolso e posse de bola controlada, pareciam preparados para uma noite tranquila. Gül ainda obrigou Matheus a defesa atenta de fora da área e as bancadas acreditavam numa vitória sem sobressaltos.
O abalo sérvio e a resposta adiada
Mas o Estrela Vermelha não se deixou abalar. Primeiro avisou aos 21’, com Ivanic a cabecear por cima após cruzamento de Radonjic. Poucos minutos depois, chegou o empate: livre batido por Handel, alívio incompleto da defesa portista e Kostov, solto no coração da área, rematou de primeira para o 1-1 aos 32 minutos.
O Dragão silenciou-se e o FC Porto tremeu. A equipa perdeu fluidez, começou a falhar passes simples e deixou crescer a confiança adversária. Até ao intervalo, foram os sérvios quem pareceram mais perto de novo golo.
Segunda parte de nervos e tentativas falhadas
No regresso dos balneários, Farioli tentou reanimar os seus jogadores. William Gomes esteve perto de bisar, após passe de Froholdt, mas o remate saiu ao lado. O Porto voltou a empurrar o Estrela Vermelha para trás, embora sem a mesma clareza de ideias da primeira meia hora.
O jogo ganhou ritmo, com ocasiões repartidas, e a equipa azul e branca foi obrigada a improvisar. Pablo Rosario recuou para central, o ataque perdeu referências de ponta-de-lança, e as bancadas começavam a perder a paciência.
O relógio corria, o empate parecia inevitável e a frustração instalava-se: depois de um arranque tão promissor, o Porto estava prestes a desperdiçar pontos em casa frente a um adversário direto na luta pelo apuramento.
Rodrigo Mora, o herói improvável
Até que, aos 89 minutos, apareceu Rodrigo Mora. O jovem, símbolo da irreverência que Farioli quer trazer, aproveitou um ressalto na área e rematou de primeira, com alma e precisão. A bola beijou as redes de Matheus e o Dragão explodiu como se fosse um golo de apuramento.
O 2-1 devolveu o alívio e a certeza de que, mesmo sem deslumbrar, o FC Porto não deixou escapar a vitória.
Sofrimento com final feliz
O apito final confirmou os três pontos. O FC Porto venceu, sofreu e aprendeu. Depois de uma entrada prometedora e de um período de nervosismo, a equipa soube acreditar até ao fim e foi premiada com o golo decisivo.
Na Liga Europa, onde cada detalhe pesa, o Dragão mostrou que ainda sabe rugir. E Rodrigo Mora inscreveu o seu nome numa daquelas noites em que os heróis surgem quando menos se espera.
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