A Espanha parte como favorita à conquista do Euro feminino 2025 de futebol, que arranca na Suíça a 2 de julho, mas as campeãs do mundo terão forte concorrência.
Portugal só inicia a sua participação (terceira da história, segunda seguida) na fase final de um campeonato Europeu feminino, na quinta-feira, com a missão de passar a fase de grupos pela primeira. A Espanha, campeã do Mundo, Itália e Bélgica, serão as adversárias das Navegadoras.
A AFP destaca algumas das estrelas que prometem brilhar no torneio.
Alexia Putellas (Espanha)
Vencedora por duas vezes da Bola de Ouro, a importância de Putellas para a seleção espanhola aumentou ainda mais após a notícia surpreendente de que a sua colega no Barcelona, Aitana Bonmatí, foi diagnosticada com meningite viral, embora já tenha tido alta hospitalar e seja esperada junto das colegas esta semana.
Com 31 anos, Putellas tem a experiência e o estatuto necessários para liderar Espanha na luta pelo seu primeiro título europeu, e terá uma responsabilidade acrescida no jogo de estreia do Grupo B frente a Portugal, esta quinta-feira.
Como seria de esperar, o plantel espanhol é dominado por jogadoras do Barcelona, ainda a digerir a derrota dolorosa frente ao Arsenal na final da Liga dos Campeões.
Putellas foi uma das derrotadas e tem motivação extra após ter falhado o último Europeu devido a uma rotura do ligamento cruzado anterior sofrida no dia anterior ao início da prova.
Na época passada voltou à sua melhor forma, com 22 golos e 17 assistências pelo Barça, sendo ainda eleita Jogadora da Época na Liga Feminina de Espanha.
Lea Schüller (Alemanha)
Avançada do Bayern Munique, Schüller é agora o centro do ataque alemão desde a retirada de Alexandra Popp no ano passado, e a sua eficácia na finalização será crucial para a equipa de Christian Wück.
Com 27 anos, Schüller já marcou 52 golos em 75 jogos pela Alemanha e chega ao torneio após ter sido decisiva na conquista do campeonato e da taça alemã pelo Bayern Munique.
"Claro que não estamos apenas no torneio para participar. Somos a Alemanha, queremos mesmo ganhar o título. Estamos a jogar com uma equipa muito jovem, que passou por uma transformação, com novo treinador e nova equipa técnica. Mesmo assim, queremos competir pelo título", disse Schüller, em maio.
A Alemanha poderá ser o maior obstáculo à Espanha, depois de uma campanha dominante na Liga das Nações, onde Schüller marcou cinco golos em seis jogos do Grupo A1.
Lauren James (Inglaterra)
O facto de Sarina Wiegman ter incluído Lauren James na convocatória, apesar de esta não jogar desde abril devido a uma lesão muscular, mostra a importância da estrela do Chelsea para as campeãs em título.
Com 23 anos, James é uma das jogadoras que dá outra dimensão à Inglaterra, atuando entre o meio-campo e o ataque, acrescentando criatividade e imprevisibilidade.
A única dúvida é saber se estará em forma a tempo do torneio, embora Wiegman tenha afirmado que conta com ela já no jogo de estreia frente à França.
"Nunca duvidei de mim própria, porque acho que, assim que se começa a duvidar, surgem pensamentos negativos. Sempre acreditei que ia conseguir estar presente", disse James após regressar aos treinos este mês.
Claudia Pina (Espanha)
Até agora utilizada como suplente de luxo, a avançada do Barcelona tem-se afirmado como candidata ao onze inicial, tanto na seleção como no clube, depois de uma época brilhante, aos 23 anos.
Pina foi decisiva ao marcar dois golos como suplente na vitória da Espanha sobre a Inglaterra, garantindo o apuramento para as meias-finais da Liga das Nações.
Também bisou na goleada do Barcelona diante do Chelsea nas meias-finais da Liga dos Campeões, dois dos 10 golos que a tornaram na melhor marcadora da competição.
Kadidiatou Diani (França)
Avançada do Lyon, Diani é a jogadora mais experiente da seleção francesa após a decisão surpreendente do treinador Laurent Bonadei de excluir a antiga capitã Wendie Renard e a melhor marcadora de sempre, Eugénie Le Sommer, da lista gaulesa para a prova.
Com 30 anos, será peça-chave numa França que está num difícil Grupo D com Inglaterra, País de Gales e Países Baixos, e que chega à Suíça motivada após vencer os seis jogos disputados em 2025.
Diani terminou a época com 16 golos e 10 assistências em 29 jogos pelo Lyon.
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