O Palmeiras venceu em casa do Atlético Mineiro por 0-3, graças aos golos Flaco López, Allan Ellias e Luighi, marcados aos 9, 20 e 81 minutos, respetivamente.
Contudo, a vitória não foi suficiente para manter o 'verdão' na luta pelo título, uma vez que, o Maracanã, o Flamengo venceu o Ceará por 1-0, conquistando assim o campeonato a uma jornada do final.
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A partida em Minas-Gerais ficou marcada, para além dos três golos, pela expulsão de Joaquín Piquerez; após o apito final, Abel Ferreira pegou precisamente nesse lance, que deixou o Palmeiras a jogar com dez, e comparou-o ao que envolveu Bruno Fuchs e Erick Pulgar na final da Taça Libertadores.
"O Palmeiras é um clube diferente e especial, e, mais do que tudo, sou um treinador de relações. A mim, só me engana quem eu quero. Hoje, aconteceu um lance exatamente igual ao da final da Libertadores. Os títulos que ganhei no Palmeiras não têm asteriscos" afirmou o treinador português segundo o site 'Globoesporte'.
"Sim, perdemos, fomos vice-campeões. Este ano, fomos 'vices' em quase todas as competições, mas viram o beijo que eu dei na medalha [da Taça Libertadores]? Foi um beijo na medalha e no símbolo do Palmeiras. Tenho orgulho de ser palmeirense. Não há asterisco. Ganhamos e perdemos, mas não há asteriscos nos nossos títulos", prosseguiu.
"Quantas vezes me ouviram dizer que seria contra tudo e contra todos? E que, depois do jogo contra o São Paulo [vitória, por 2-3], muita coisa mudou? A mim, só me engana quem eu quero. Tenho orgulho em ser treinador do Palmeiras, e volto a dizer que, no dia em que sentirem que não represento o Palmeiras à altura, não quero receber nem mais um real", rematou.
O treinador português aproveitou ainda para elogiar o caráter da sua equipa diante do Atlético Mineiro, sabendo que muito dificilmente ainda poderiam lutar pelo título.
"Uma coisa é perder, outra é ser perdedor. Esta equipa perdeu, mas não é perdedora", sublinhou.
Abel realçou a postura dos seus jogadores nesta partida, afirmando que foi um reflexo da postura da equipa ao longo de toda a temporada.
"Entendo que muita gente queira dizer que o segundo lugar é ruim, que nada presta. Hoje, demos mais uma amostra daquilo que esta equipa demonstrou ao longo deste ano, enquanto nos deixaram, porque há coisas que controlamos e outras não. Chegámos com cicatrizes, jogadores que ainda estavam a sangrar", sublinhou.
"Não reconheci a minha equipa com bola, porque perdemos o último jogo com bola. Hoje, houve uma sensação de orgulho ferido, de caráter. Mesmo com toda a reformulação, com 12 jogadores a entrar ao longo do ano, com lesões e com três pontos na frente, não fomos capazes de segurá-los", concluiu.
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