"Em primeiro lugar, gostaria de felicitá-la pela reeleição para dirigir o Novo Banco de Desenvolvimento. Isso é uma prova de que todos os países com os quais o banco trabalha valorizam muito o seu trabalho", afirmou o chefe de Estado russo durante uma reunião realizada no âmbito do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, transmitida pela televisão estatal russa.

Putin destacou que, sob a direção de Rousseff, o banco financiou 123 projetos no valor de 39 mil milhões de dólares (cerca de 34 mil milhões de euros).

"No entanto, ainda há questões que requerem atenção especial, como o aumento das transações em moedas nacionais e os esforços conjuntos futuros para a criação de uma plataforma digital de pagamentos e investimentos", algo que foi abordado durante a última cimeira dos países BRICS (grupo que tem na sua formação inicial Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), disse.

O chefe de Estado russo realçou que Rousseff apoia todas estas iniciativas e expressou a sua esperança de que continuem a trabalhar juntos nessa direção.

Por sua vez, a presidente do banco agradeceu à Rússia por propor a sua candidatura para continuar à frente do banco e lembrou que está a participar pela terceira vez no Fórum Económico de São Petersburgo.

"Da minha parte, esforçar-me-ei ao máximo para cumprir as minhas obrigações neste cargo", indicou Rousseff, reconhecendo que o banco enfrenta grandes desafios, como as transações em moedas nacionais e a criação da plataforma digital acima mencionada.

Outra das tarefas importantes do banco "é a ampliação dos países participantes".

"Dois países já foram aprovados, Uzbequistão e Colômbia, e dois estão em processo de aprovação, Etiópia e Indonésia", disse.

O grupo dos BRICS é constituído, após o alargamento, pelo Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irão.

 

NYC // ANP

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