
O concurso foi lançado em 24 de outubro e previa-se inicialmente que a data limite para a submissão de propostas fosse no dia 18 de dezembro.
Segundo o MIREMPET, a calendarização foi alterada tendo em conta os pedidos de "um número considerável de participantes" e o objetivo de "assegurar uma melhor qualidade das propostas".
O ato de abertura pública das propostas será o dia 31 de janeiro e o vencedor do concurso vai ser anunciado em 31 de março.
A refinaria vai ter uma capacidade de processamento até 100 mil barris de petróleo bruto por dia e junta-se a outros três projetos - a construção das refinarias de Cabinda e Lobito e a requalificação da unidade de Luanda -- com o objetivo de triplicar a produção de combustível, e cobrir a procura interna anual e dos próximos dez a 20 anos.
A construção da refinaria de Cabinda, que deverá ter uma capacidade diária de produção de 60 mil barris de petróleo bruto, foi adjudicada inicialmente ao consórcio United Shine, com 90% do capital social, em parceria com a Sonangol Refinação - Sonaref (10%).
Na semana passada, a Sonangol anunciou ter rescindido o contrato com a United Shine e assinado no final de outubro um memorando de entendimento com a Gemcorp.
A Gemcorp, um grupo de gestão de fundos de investimento sediado em Londres, foi um dos maiores financiadores de Angola nos últimos anos do ex-presidente José Eduardo dos Santos e foi apontado pela imprensa angolana como estando envolvido num esquema de financiamento que lesou o Estado angolano em milhões de dólares.
Ainda por iniciar está a construção da refinaria do Lobito, na província angolana de Benguela, no litoral sul do país, num investimento inicial de 10 mil milhões de dólares (8.700 milhões de euros), prevê o processamento diário de cerca de 200 mil barris de crude, criando 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
RCR // VM
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