Emanuel Silva, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO), afirmou que recebeu "com enorme agrado" as medidas anunciadas pelo Governo, mostrando-se satisfeito por terem sido ouvidas as propostas por parte da instituição.

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"Recebemos com enorme agrado, satisfação. Agora é pôr em prática tudo aquilo que foi explanado e obviamente esperar, expectante, para que nada falhe e nada falte. Porque o que está explanado e o que foi apresentado são boas medidas e nós, enquanto Comissão de Atletas Olímpicos, estamos bastante satisfeitos, porque também parte do programa está muito direcionado para a preparação olímpica. Vemos isso com bons olhos e bom agrado, porque queremos as melhores condições para os nossos atletas", afirmou.

Em relações às verbas, o antigo atleta, em declarações à Lusa, disse que esperava até "um pouco mais" do que o aumento para os 30 milhões de euros (ME) do contrato-programa da preparação olímpica para Los Angeles2028, um incremento de oito milhões de euros em relação aos últimos JO.

"Mas ao mesmo tempo vamos pensar que as pessoas estão a fazer mediante as possibilidades, mediante a situação económica do país. [...] Eu, enquanto ex-atleta de alto rendimento, pensava da seguinte forma: se não me dão mais é porque não conseguem dar mais. Vamos ser otimistas nesse aspeto. No que diz respeito aos atletas, eles pensam dessa forma e ninguém mais do que eles quer competir e ganhar bons resultados para Portugal", destacou.

"O futuro tem de ser sempre salvaguardado, seja no projeto olímpico, seja nas esperanças olímpicas, seja no alto rendimento, seja no próprio desporto nas escolas, seja de várias pontes. Obviamente que, sendo um plano há 10 anos, dá-nos aqui alguma segurança para acreditar que melhores tempos virão e que estamos no caminho certo".

O antigo medalhista olímpico na canoagem também abordou o facto dos atletas, em fim de carreira, poderem vir a ser integrados nas forças de segurança ou forças militares.

"Se virem salvaguardado o seu pós-carreira dentro dessa área, seja forças armadas, seja Polícia de Segurança Pública, seja em alguma atividade direcionada no Governo, digamos assim, é uma mais-valia. Uma vez que nos outros países já se pratica e porque aqui em Portugal nunca se praticou. Por isso, são passos sólidos e firmes que estão a ser dados", sublinhou.