O Benfica recebeu e venceu esta quarta-feira o Nápoles por 2-0, em jogo relativo à sexta jornada da fase regular da Liga dos Campeões.
Os encarnados mostraram desde cedo que vinham com a lição bem estudada e conseguiram, não só neutralizar por completo os pontos fortes dos italianos, como também explorar ao máximo as suas fragilidades.
Richard Ríos e Leandro Barreiro, este último com um belo promenor técnico, fizeram os golos que deram a vitória as águias, que assim continuam a alimentar as aspirações de chegar aos 'playoffs'.
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Mares de desperdício, Ríos eficaz
Contrariamente ao que se esperava, Mourinho fez duas alterações em relação ao dérbi com o Sporting. António Silva e Pavlidis foram substituídos por Tomás Araújo e Ivanovic, alterações que Mourinho justificou como sendo os mais indicados para explorar debilidades ou mitigar algumas forças do adversário.
Os encarnados entraram com mais iniciativa, conseguindo desfazer-se da pressão alta aplicada frequentemente pelos napolitanos; numa dessas transições, Ivanovic teve uma oportunidade clamorosa aos 12 minutos, falhando na cara de Milinkovic-Savic.
Depois de evitar o golo encarnado, o guarda-redes dos transalpinos ia borrando a pintura pouco depois, oferecendo um golo feito a Aursnes, mas o norueguês, em dia de aniversário, não abriu a prenda.
Contudo, os erros na defesa transalpina sucediam-se e Richard Ríos não desperdiçou a terceira oferta; bola lançada para dentro da área e o colombiano a aproveitar uma bola perdida para inaugurar o marcador.
O campeão italiano tentava reagir mas mostrava muitas dificuldades em penetrar o compacto bloco dos encarnados; exceção feita ao cruzamento da esquerda para Di Lorenzo, que cabeceou ao lado.
Foi novamente de cabeça que os napolitanos voltaram a assustar, agora por McTominay após cruzamento de David Neres.
Ao intervalo, a Luz mostrava o seu agrado com a exibição sólida das águias, que se mostrava eficaz no momento defensivo e demonstrando critério com a bola, explorando as debilidades do adversário, especialmente na sua zona mais recuada.
Nota artística contra a reação
Perante uma exibição muito cinzenta, Antonio Conte fez duas mudanças ao intervalo, fazendo entrar Spinazzola e Politano para os lugares de Beukema e Olivera.
Os italianos pareciam entrar mais agressivos e dispostos a reagir à desvantagem, contudo, o Benfica não recuou e aproveitou o espaço dado pelo adversário para aumentar a vantagem; transição rápida pela direita com Ríos a entrar na área e a cruzar rasteiro para uma bela finalização de Leandro Barreiro.
Naturalmente, o segundo golo dos encarnados bloqueou por completo a estratégia dos campeões italianos, que, apesar de ter mais iniciativa de jogo, mostravam pouca clarividência na hora de definir, isto perante um Benfica concentrado e muito eficaz defensivamente.
Com efeito, foi preciso esperar pelos 72 minutos para ver o primeiro remate enquadrado digno desse nome do lado napolitano; Neres veio da direita para o meio e testou a atenção de Trubin que afastou para fora.
Até final os comandados de Mourinho foram controlando a partida com serenidade, 'ajudados' pela total inoperância ofensiva do adversário, incapaz de criar uma ocasião clara de golo.
Com este triunfo, o Benfica sobe ao 25 lugar, agora com 6 pontos, ficando à porta dos lugares de acesso aos 'playoffs'. Na próxima ronda, os encarnados visitam Turim para defrontar a Juventus.
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