De acordo com o porta-voz da diplomacia chinesa Wang Wenbin, a visita visa "fortalecer a cooperação bilateral e os intercâmbios culturais" e "injetar um ímpeto na recuperação da economia global".

"A Rússia é o maior vizinho da China e um grande mercado emergente. A cooperação bilateral tem potencial e espaço para crescer", disse.

Wang revelou que Mishustin vai visitar Pequim e Xangai.

Durante uma viagem a Moscovo, em março passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, instou Mishustin a visitar a China "o mais rápido possível".

Durante a sua estada na Rússia, Xi e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, assinaram uma declaração conjunta sobre o fortalecimento da cooperação e assinaram uma série de documentos.

Nessas reuniões, Xi conseguiu que Putin apoiasse o ambíguo plano de paz chinês para a Ucrânia "como base para uma futura solução do conflito", embora o Ocidente tenha desconfiado da proposta.

A iniciativa chinesa é suficientemente vaga para satisfazer o Kremlin, pois, embora defenda a integridade territorial dos países, não alude em momento algum à anexação russa de quatro regiões ucranianas ou à retirada das tropas russas do país vizinho.

Apenas uma semana antes do início da guerra, os presidentes chinês e russo declararam em Pequim uma amizade "sem limites".

O país asiático afirmou ser neutro no conflito e querer desempenhar o papel de mediador, mas recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia, culpando antes o alargamento da NATO pelo conflito.

JPI // APN

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