
Carlos Alcaraz e Novak Djokovic voltam a posicionar-se como os principais protagonistas de Wimbledon, num duelo que poderá marcar a história do All England Club, onde o espanhol defende o título e o sérvio procurará o 25.º ‘major’.
Nos últimos dois anos, a final do terceiro torneio do Grand Slam da temporada foi disputada pelo jovem natural de Múrcia, de 22 anos, e o experiente tenista de Belgrado, 16 anos mais velho, o que poderá voltar a suceder nesta 138.ª edição da prova, uma vez que os dois ficaram colocados em metades opostas do quadro principal, que se realizará entre 30 de junho e 13 de julho, em Londres.
Alcaraz, número dois mundial, é bicampeão de Wimbledon e o quarto mais jovem vencedor, depois de Boris Becker, Bjorn Borg e Mats Wilander, mas pela frente tem, entre outros, o igualmente favorito Djokovic, antigo líder do ranking ATP, atualmente na sexta posição, que conquistou sete dos seus 24 troféus do Grand Slam na catedral da relva.
Se em 2024 o espanhol se tornou no sexto tenista a alcançar a dobradinha na Era Open, entre Roland Garros e o torneio londrino, seguindo as pisadas de Rod Laver (1969), Borg (1978, 1979 e 1880), Rafael Nadal (2008 e 2010), Roger Federer (2009) e Novak Djokovic (2021), este ano chega ainda em melhores condições ao histórico clube inglês, sobretudo motivacionais, graças ao épico triunfo frente a Jannik Sinner na final do ‘major’ francês e ao recente segundo título no ATP 500 de Queen’s (depois de 2023).
Enquanto Carlos Alcaraz, em caso de vitória, poderá tornar-se no quinto tenista na Era Open a conquistar três troféus consecutivos em Wimbledon, Novak Djokovic está a apenas um título de igualar o recorde de oito troféus de Roger Federer na relva britânica e de ampliar para 25 os títulos do Grand Slam.
Nos planos de Djokovic, que optou por não jogar este ano torneios de preparação para Wimbledon, e de Carlos Alcaraz poderá interferir o número um do mundo, o italiano Jannik Sinner, bicampeão do Open da Austrália (2024 e 2025), campeão do Open dos Estados Unidos (2024) e recentemente finalista vencido de Roland Garros, à procura de se estrear na final britânica.
Sinner, de 23 anos, tem como melhor resultado no torneio inglês as meias-finais em 2023, tendo sido eliminado nos quartos de final em 2024, pelo que este ano vai jogar para tentar tornar-se no primeiro tenista italiano, homem ou mulher, a vencer o penúltimo ‘major’ da época, depois de Matteo Berrettini e Jasmine Paolini se terem sagrado vice-campeões, em 2021 e 2024, respetivamente.
Além de Alcaraz, Djokovic e Sinner, o alemão Alexander Zverev (3.º ATP), finalista do ATP 250 de Estugarda e semifinalista do ATP 500 de Halle, e o norte-americano Taylor Fritz (5.º ATP), campeão em Estugarda, também são fortes candidatos a chegar às rondas finais de Wimbledon. Igualmente entre os favoritos, mas com o fator casa, nem sempre favorável, sobre os seus ombros, estará o número quatro da atualidade, o britânico Jack Draper.
Na competição feminina, Barbora Krejcikova está de volta para tentar defender o título, mas a lesão na coxa direita, que a obrigou a desistir quinta-feira do Eastbourne Open, deverá tornar a missão da checa muito complicada.
Já a bielorrussa Aryna Sabalenka, número um do ranking WTA, as norte-americanas Coco Gauff (2.ª WTA) e Jessica Pegula (3.ª WTA), a polaca Iga Swiatek (8.ª WTA), apurada para a final do WTA 500 de Bad Homburg, e a italiana Jasmine Paolini, vice-campeã em título, apresentam-se em boas condições de protagonizar uma campanha positiva na edição de 2025 de Wimbledon, que contará ainda com a participação das antigas campeãs, Marketa Vondrousova (2023), Elena Rybakina (2022) e Petra Kvitova (2011 e 2014).
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