Deu que falar o pódio improvisado pelos próprios ciclistas no final da Vuelta 2025, depois de a derradeira etapa ter ficado a meio devido aos manifestantes pró-Palestina.

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João Almeida, que terminou no segundo lugar, viu-se assim privado da festa de consagração, e em entrevista à agência Lusa lamentou que a organização não tenha tido, depois, a preocupação de organizar uma cerimónia do pódio oficial.

"É estranho. Faltou espetáculo para os fãs, aquele ambiente de cerimónia também, aquela interação com os fãs. Nem sequer chegámos ao circuito, o pelotão foi abalroado pelo protesto, ainda alguns [ciclistas] caíram. E, depois, tivemos de cancelar um bocadinho mais à frente tudo e regressar nos carros, porque era impossível ir seguro de bicicleta até aos autocarros ou até à meta", disse o ciclista da UAE Emirates.

Ainda assim, embora lamente ausência de consagração oficial, o pódio humilde e improvisado teve a sua magia e foi especial para João Almeida

"Nem sequer houve a preocupação [por parte da organização] de tentar fazer um pódio, quem fez o pódio foram as equipas, que tiveram essa ideia. E acho que foi uma ideia excelente. Pessoalmente, gostei bastante do pódio. Foi um pódio assim mais simples, mais humilde, teve um significado mais caseiro. Foi engraçado, gostei", referiu.

"O que conta são as nossas memórias, o que sentimos. Depois, o resto é um bocadinho mediático", reforçou ainda, na referida entrevista à agência Lusa.