A seleção nacional masculina sub-21 despediu-se, este sábado, do Campeonato da Europa da categoria com uma derrota por 1-0 frente aos Países Baixos, em jogo dos quartos de final, na Eslováquia. No final da partida, o selecionador Rui Jorge assumiu a frustração com o desfecho e deixou em aberto a sua continuidade no cargo, com o contrato a terminar nesta prova.

“Ineficácia em ultrapassar uma defesa que, defendendo baixo e bem, não nos permitiu criar situações suficientes. E nas que criámos, não conseguimos ser eficazes. Estamos a falar do mais alto nível, de uma equipa extremamente competente como é a dos Países Baixos. Não tivemos tanta qualidade quanto a que deveríamos ter numa altura destas para seguir em frente”, começou por referir.

Portugal jogou em superioridade numérica desde os 21 minutos, após a expulsão de van Bommel, mas não conseguiu marcar, desperdiçando inclusivamente uma grande penalidade, por Geovany Quenda.

“Ter mais um jogador nestas situações é uma vantagem enorme, mas nem assim conseguimos ultrapassar a defesa contrária. Criámos algumas oportunidades, nomeadamente o penálti, mas não conseguimos concretizar. Ainda assim, o adversário, em inferioridade numérica, também criou boas situações e numa delas marcou. Quando assim é, não há nada a dizer. Felicitar o adversário e perceber que esta vida é de superação e necessidade constante de mostrar que se é superior. Quando assim não acontece, ficamos pelo caminho”, reconheceu o técnico.

Questionado sobre o futuro, Rui Jorge foi direto: “O meu contrato acaba hoje. Falaremos sobre isso muito brevemente.”

Com o contrato a expirar e após mais uma eliminação nos quartos de final — tal como em 2023 —, a continuidade do selecionador, que orienta a equipa sub-21 desde 2010, será agora analisada pela nova direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), liderada por Pedro Proença.

Esta foi a quinta fase final com Rui Jorge no comando técnico. Portugal soma duas finais perdidas (2015 e 2021), uma eliminação na fase de grupos (2017) e duas quedas nos ‘quartos’ (2023 e 2025). A seleção sub-21 continua assim à procura de uma inédita conquista europeia.