
A Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) solicitaram à Microsoft a recuperação da caixa de e-mails de Fernando Gomes, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e atual líder do Comité Olímpico de Portugal. Segundo a TVI, o disco rígido já se encontra em Dublin, na Irlanda, onde técnicos da empresa tentam recuperar mensagens que terão sido integralmente apagadas.
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O pedido surge no âmbito da Operação Mais-Valia, investigação que envolve suspeitas de corrupção, fraude fiscal, participação económica em negócio e recebimento indevido de vantagem na venda da antiga sede da FPF.
Confrontado pela estação televisiva, Fernando Gomes assegurou: “Nunca fui notificado pelas autoridades para prestar qualquer esclarecimento no âmbito do inquérito em causa”. Fonte próxima acrescentou que o dirigente apenas levou consigo os seus dispositivos pessoais – computador, iPad e telemóvel – à saída da FPF, sendo depois deduzido o respetivo valor dos créditos a receber.
A 25 de março, dia em que a PJ realizou buscas na Cidade do Futebol, Fernando Gomes assumiu a presidência do Comité Olímpico de Portugal ao lado de Luís Neves. O diretor nacional da PJ garantiu então que “nada havia contra o antigo líder da FPF”. Questionado agora pela TVI, Neves reafirmou essa posição, sublinhando que “qualquer investigação em sede de inquérito implica diligências para recolher informações e provas onde quer que estas se encontrem”.
Até ao momento, dois arguidos foram constituídos no processo: António Gameiro, advogado e ex-deputado do PS, acusado de intermediar o negócio em nome de uma empresa da esposa, e Paulo Lourenço, também advogado, ex-secretário-geral da FPF e antigo assessor de Fernando Gomes.
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